domingo, 1 de maio de 2011

Pax Consensio

Não se trata de um apelo nacionalista ou patriótico.
Não se trata de um movimento.
Não se trata de uma nova união nacional.
Não se trata de uma solução provisória para depois voltar ao mesmo.
Vai mais além do interesse pessoal, mais além de Portugal, trata-se de uma transformação.

Sem revolução,
Sem armas,
Sem luta,
Sem manifestações.
Em paz,
No silêncio do nosso dia-a-dia,
Onde estivermos,
Nos nossos trabalhos,
Nas nossas famílias.

Quando os nossos líderes falham em unir-se para honrar o presente e futuro das próximas gerações, mostraremos como se faz.

Porque o Presidente só empossa um governo maioritário.
Porque apenas com o acordo entre partidos se viabiliza as condições necessárias para a ajuda financeira.
Porque os partidos não estão a seguir esse caminho inevitável.

Apelo à mobilização de todos os que se sentirem tocados por esta mensagem a votarem, em massa, no dia 5 de Junho em todos os partidos que constem no boletim de voto. Vamos preencher todos os quadrados mostrando que queremos a união de todos os partidos políticos, seus dirigentes, militantes e apoiantes, neste momento difícil.


Para se apurar o resultado é necessário contabilizar este voto que seria considerado nulo. Para isso assina a petição que está a correr para  "Alteração da validação e contabilização dos boletins de voto todos preenchidos" :



Vamos mostrar a todos os que queiram ver e perceber, que nos interessamos, que queremos saber e participar. Mas queremos outra forma de liderança, liderança pela união, com responsabilidade, ética e, por que não, com amor e respeito.

Porque sabemos que isto nunca aconteceu e compreendemos a dificuldade em aceitar mudanças,
Porque há muito se perdeu o sentido de serviço na política.
Porque há muito se perdeu o decoro na política.
Porque há muito se perdeu o respeito por quem vota prometendo ilusões.
Porque é cada vez maior o desinteresse e afastamento ideológico dos eleitores dos assuntos políticos.
Porque queremos recuperar Portugal.
Porque queremos dar o exemplo aos nossos governantes de que queremos que se unam.
Porque queremos mostrar que nos interessamos e estamos presentes para dar rumo ao nosso país.
Porque queremos zelar pelo futuro das gerações vindouras.
Porque sabemos que a campanha eleitoral virá acentuar as diferenças em vez de trazer a união necessária.
Porque, se os políticos actuais ainda assim não perceberem a mensagem então está na hora de dar lugar a outros que estejam em melhores condições de a perceber e pôr em prática.

Num país historicamente habituado a navegar por mares nunca de antes navegados não podemos continuar com as velhas soluções, as velhas receitas, os velhos hábitos, os velhos pessimismos, as velhas formas de governação.

Num país historicamente pessimista e desacreditado de si mesmo, assumiremos a responsabilidade de mostrar à classe política o caminho, a solução. Mostraremos o que significa serviço ao país, empenho, dedicação, cuidando de nós mesmos e do próximo. Daremos o exemplo sendo o exemplo.

De 22 de Maio a 3 de Junho vamos fazer a   "campanha civil" da união através do abraço e do respeito mútuo. Nas nossas actividades quotidianas daremos um abraço dizendo  "Eu respeito-te ":

    Nas escolas, entre professores, alunos e pessoal auxiliar.
    Nos tribunais, entre juizes, advogados e partes envolvidas.
    Nas cadeias, entre presos e guardas.
    Na televisão, entre jornalistas/apresentadores/moderadores e convidados.
    No desporto, entre treinadores-jogadores-árbitros, entre adeptos das equipas adversárias.
    Nos hospitais, centros de saúde, clínicas, etc, entre médicos, enfermeiros e doentes.
    Nos centros de dia, lares de idosos, entre os utentes e assistentes.
    Nos serviços religiosos, entre os participantes e os responsáveis por esses serviços.
    Em todos os eventos públicos, sejam comícios, concertos, festivais de música, etc.

Mais do que esquecer as diferenças é aceitar as diferenças. O abraço sela o reconhecimento e co-existência pacífica das mesmas.

Relembro que vergonha não é dar sinais de união, vergonha é nada fazer.

Porque a união não tem fronteiras,
Porque só quem entende o passado pode sonhar com o futuro,

Apelo a todos as pessoas de todos os países de língua oficial portuguesa, quer residam em Portugal, quer estejam a residir nos seus países, que se sintam tocados por esta mensagem de união, queremos fazer a paz com o passado. Quero que saibam que chegou a hora de perdoarmos o sofrimento vivido e infligido do passado colonialista e semear o futuro pela paz e pelo respeito mutuo.
Onde estiverem, e se sentirem o apelo, de 22 de Maio a 3 de Junho juntem-se a esta  "campanha civil"  do abraço e do respeito mútuo.


Como dizia Agostinho da Silva:
O essencial na vida não é convencer ninguém, nem talvez isso seja possível; o que é preciso é que eles sejam nossos amigos; para tal, seremos nós amigos deles; que forças hão-de trabalhar o mundo se pusermos de parte a amizade?

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